nosso contrato.
Nossos encontros são perfeitamente não arranjados,
nada marcado, nada planejado.
Na madrugada ao trancar minha casa,
ao seu encontro,
deixo uma xícara de café na mesa, bebida as pressas, no quarto meu perfume exala e no corredor do prédio,
esperando o elevador, peço calma ao moço.
A mesma pessoa que me leva todas as madrugadas.
Ele sabe do nosso acordo.
Casual.
Sem sentimentos.
Eu tentei e se por um segundo eu senti algo,
acho um tormento
eu me pergunto,
É culpa minha afinal?
Um sentimento que me invade
Minhas noites eu completo com as mais diversas coisas,
mas lembro de você naquele sol de fim de tarde
Pois como o sol, nosso encontro termina
e num novo ciclo,
se inicia
Será que algum dia deitarei na sua cama de roupa?
Será que algum dia eu irei falar os meus problemas antes mesmo de saber o gosto da sua boca?
Nossa casualidade é seguida com muita profissionalidade.
É culpa minha de desejar que fôssemos mais do que um do outro numa tarde?
Por agora, deixo-lhe essas indagações,
se prestam ou não
não leve como sermões
são apenas confissões
escritas numa poça de lágrimas,
que nesta sujeira vão se tornar lama
confissões do cara da tarde
confissões de um cara que arde
que te ama.