nosso contrato.

Nossos encontros são perfeitamente não arranjados,

nada marcado, nada planejado.

Na madrugada ao trancar minha casa,

ao seu encontro,

deixo uma xícara de café na mesa, bebida as pressas, no quarto meu perfume exala e no corredor do prédio,

esperando o elevador, peço calma ao moço.

A mesma pessoa que me leva todas as madrugadas.

Ele sabe do nosso acordo.

Casual.

Sem sentimentos.

Eu tentei e se por um segundo eu senti algo,

acho um tormento

eu me pergunto,

É culpa minha afinal?

Um sentimento que me invade

Minhas noites eu completo com as mais diversas coisas,

mas lembro de você naquele sol de fim de tarde

Pois como o sol, nosso encontro termina

e num novo ciclo,

se inicia

Será que algum dia deitarei na sua cama de roupa?

Será que algum dia eu irei falar os meus problemas antes mesmo de saber o gosto da sua boca?

Nossa casualidade é seguida com muita profissionalidade.

É culpa minha de desejar que fôssemos mais do que um do outro numa tarde?

Por agora, deixo-lhe essas indagações,

se prestam ou não

não leve como sermões

são apenas confissões

escritas numa poça de lágrimas,

que nesta sujeira vão se tornar lama

confissões do cara da tarde

confissões de um cara que arde

que te ama.

PHP_
Enviado por PHP_ em 17/05/2020
Código do texto: T6949612
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.