Poema pela vida
Há um dito popular
“Enquanto há vida, há esperança”
Mas o que fazer para manter a esperança
Se não mais existir vida?
Este é um momento ímpar
Somos chamados a sobreviver
Outros a morrer em vão
Por uma “pátria de alguns”
Não!
Eu não quero morrer
Não quero que os meus morram
Por isso é preciso persistir
Resistindo a ideias de morte
Resistindo a “isso que tá aí”
Resistindo aos números frios
Vomitados pela ausência de humanidade
Um novo grito se faz necessário
A voz do irmão que sofre
A voz daquele que já não possui forças
A voz de quem não consegue lutar
Clama pela força dos atos daqueles que podem
Não!
A luta não é simples
Os inimigos que nos afligem
Não tem piedade
E um deles é invisível
Não descansa nem dará paz
Aos que vemos,
Somos chamados a não ser números
Somos obrigados a reagir:
Ouvindo, falando e sentindo
Cobrando ações verdadeiras e obrigatórias
Para a vida
Nunca se fez tão reflexivo
Manter-se na esperança
Fazer do momento obscuro
Um ato de resistência
E mesmo apesar das trevas
Na existência
Acender chama viva de um raiar vindouro
Onde a vida triunfará neste mundo