Poema pela vida

Há um dito popular

“Enquanto há vida, há esperança”

Mas o que fazer para manter a esperança

Se não mais existir vida?

Este é um momento ímpar

Somos chamados a sobreviver

Outros a morrer em vão

Por uma “pátria de alguns”

Não!

Eu não quero morrer

Não quero que os meus morram

Por isso é preciso persistir

Resistindo a ideias de morte

Resistindo a “isso que tá aí”

Resistindo aos números frios

Vomitados pela ausência de humanidade

Um novo grito se faz necessário

A voz do irmão que sofre

A voz daquele que já não possui forças

A voz de quem não consegue lutar

Clama pela força dos atos daqueles que podem

Não!

A luta não é simples

Os inimigos que nos afligem

Não tem piedade

E um deles é invisível

Não descansa nem dará paz

Aos que vemos,

Somos chamados a não ser números

Somos obrigados a reagir:

Ouvindo, falando e sentindo

Cobrando ações verdadeiras e obrigatórias

Para a vida

Nunca se fez tão reflexivo

Manter-se na esperança

Fazer do momento obscuro

Um ato de resistência

E mesmo apesar das trevas

Na existência

Acender chama viva de um raiar vindouro

Onde a vida triunfará neste mundo

Ildebrand Gutemberg
Enviado por Ildebrand Gutemberg em 16/05/2020
Código do texto: T6949158
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