TEMPOS QUE VIVI NO MAR
Existe um romancear das coisas
Para que se tornem mais belas e simples
De se sentir e de se sonhar.
Mas ninguém nunca soube, nem sabe,
‘que é viver inteiramente no mar,
Tendo acima de seus olhos um Todo infinito,
E sob os seus pés “o próprio abismo”.
Vida que margeia constante a solidez.
Entre noites e dias de eternidades,
Onde solidão parece ser saudade
E o olhar, um sentir perdido
Que alguém esqueceu!
No próprio mar
Entre a luz e o breu.