PÓS-PANDEMIA

Findos dias de um tempo inacreditável,

Mãos que escrevem... Usarão gel,

Pois aquilo que a visão não enxerga,

Outro sentido humano, não posterga.

A mão que vai à boca

Ali desemboca

Um mal invisível,

Que sufoca.

Não será uma questão de neura,

Mas aprendizado de proteção à pleura:

Uma membrana transparente

Que cobre os pulmões,

Que por sua vez,

Fazem-nos respirar bem, nas emoções.

Acredita-se que a higiene pessoal,

Resplandecerá.

A visão de mundo será outra

E a esperança é que o bom senso

Prevalecerá.

De um tempo jamais esquecido,

Ficará a lição de que qualquer ser ferido,

Merece atenção.

E por mais duro que seja um coração,

Ninguém resiste a tanta emoção.

Com tudo restrito,

Aprenderemos a melhor poupar

E nos preparar para um novo amanhã.

Nunca se sabe

Quando surge um “furo no barco”

Ou quando uma “flecha no arco”

Está apontada para a nossa fronte.

Num tempo de pós-pandemia

Que haja mais alegria

No nosso viver

E no conviver

Com os nossos semelhantes.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 15/05/2020
Reeditado em 15/05/2020
Código do texto: T6948371
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