PÓS-PANDEMIA
Findos dias de um tempo inacreditável,
Mãos que escrevem... Usarão gel,
Pois aquilo que a visão não enxerga,
Outro sentido humano, não posterga.
A mão que vai à boca
Ali desemboca
Um mal invisível,
Que sufoca.
Não será uma questão de neura,
Mas aprendizado de proteção à pleura:
Uma membrana transparente
Que cobre os pulmões,
Que por sua vez,
Fazem-nos respirar bem, nas emoções.
Acredita-se que a higiene pessoal,
Resplandecerá.
A visão de mundo será outra
E a esperança é que o bom senso
Prevalecerá.
De um tempo jamais esquecido,
Ficará a lição de que qualquer ser ferido,
Merece atenção.
E por mais duro que seja um coração,
Ninguém resiste a tanta emoção.
Com tudo restrito,
Aprenderemos a melhor poupar
E nos preparar para um novo amanhã.
Nunca se sabe
Quando surge um “furo no barco”
Ou quando uma “flecha no arco”
Está apontada para a nossa fronte.
Num tempo de pós-pandemia
Que haja mais alegria
No nosso viver
E no conviver
Com os nossos semelhantes.
Ênio Azevedo