O retrato do caos

Vieses que confirmam nossas pequenas certezas

Fomentam nosso comportamento alienado de ovelha

Falácias que guiam nossas enormes multidões

É a língua mais usada para perpetuar as ilusões

Enquanto lutamos para defender mentiras legais

As verdades amargas controlam o mundo verdadeiro

Presos em ideias criadas por obsoletos ancestrais

Que exemplificam a podridão refletida no espelho

Analfabetos funcionais discutindo política na rua

Batida de policiais, jovem estuprada pela patrulha

Um padrão de beleza que destrói toda a pureza

Diferenças raciais que não justificam tanta tristeza

Seremos todos iguais na fome e na miséria

Ou assistiremos dos centros urbanos a Amazônia virar terra?

Seremos controlados pelo capital estrangeiro

Ou doutrinados por um estado que cria ovelhas e cordeiros?

Massacrando pessoas em nome de uma religião

Mutilando crianças por uma pedra de diamante

A inveja que impera destruindo pais e irmãos

E mulheres guerreando em função de um amante

Globalismo e a destruição das fronteiras existentes

Só percebe o impacto quem mora nas nações

Pois o estupro é defendido por lei no Oriente

E mulheres são estupradas pela grande imigração

A história se repete com novos personagens

Empreiteiros atuando como grandes fazendeiros

Políticos populistas domando a massa de carneiros

Cada ônibus representa os velhos navios negreiros

Seremos todos iguais na fome e na miséria

Ou assistiremos dos centros urbanos a Amazônia virar terra?

Seremos controlados pelo capital estrangeiro

Ou doutrinados por um estado que cria ovelhas e cordeiros?

Políticos corruptos falando em democracia

E o povo ergue a bandeira com um ar de hipocrisia

Da Caatinga aos Pampas, do Pantanal à Mata atlântica

O desmatamento fora deixado como uma grande herança

O bandido é resultado do meio em que nasceu

Mas em que meio nasceram os políticos corruptos?

Tal pensamento representa a falta de responsabilidade

Pois é mais fácil atribuir nossos erros à “sociedade”

Se o problema é sociedade, de quem é a culpa na verdade?

Pois nossa cultura é criação de africanos e portugueses

Nos importaremos com quem causou os nossos problemas

Ou assumiremos nossa função de acabar com esse dilema?

Seremos todos iguais na fome e na miséria

Ou assistiremos de centros urbanos a Amazônia virar terra?

Seremos controlados pelo capital estrangeiro

Ou doutrinados por um estado que cria ovelhas e cordeiros?

Políticos que fomentam debates polêmicos

Mas não resolvem os problemas de nossas cidades

Acabam por destruir o poder da união

Pois o ódio do povo é destilado em pobres debates

Falando de política sem dominar a língua pátria

Seguem ideologias as quais desconhecem a função

É mais fácil seguir pensamentos premeditados

Do que raciocinar e usar o poder da imaginação

Atacam com ignorância os argumentos e evidências

Mas descartam os livros que possuem conhecimento

Adestrados eles seguem com a mesma essência

Pastando no estábulo sem perceber o passar do tempo

Financiaremos nossos produtos em detrimento do planeta

Ou apoiaremos utopias fadadas ao fracasso?

Seremos massacrados pelo capitalismo de atualidades

Ou apoiaremos comunistas que massacraram por “igualdade"?

Bruno Alme
Enviado por Bruno Alme em 14/05/2020
Reeditado em 14/05/2020
Código do texto: T6947477
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