Tempos secos

Estar aqui em meio ao deserto

E não ver nenhum rio

Seguindo seu fluxo

É como estar vivo e não pensar

Vejo caminhos secos

Onde havia abundância

Onde fervilhava a vida e a alegria

Onde se podia se encontrar as flores mais raras

E onde tudo isso foi parar?

Do dia para a noite

O rio se transformou em deserto

E a vida se esvaiu

Como um sopro de vento

Luto a cada dia

Em busca de alimento

Mas o que encontro é apenas secura

E os poucos riachos que me deparo

Já estão no seu limite

E diminuindo a cada dia

O que houve com a vida aqui?

Quando tudo se acabou?

Perguntas sem respostas

Agora caminho em meio a areia

Vivendo de ilusões

E das poucas gotas d orvalho

Que a noite me oferece

Assim garantindo o próximo passo e...

Os próximos quilômetros

Da minha louca jornada

Mais alguns passos à frente

Deparo-me com a terra dura e toda rachada

Abrindo suas brechas

Reconhece quem tem habilidade

Perto daqui ainda há vida

Sinto seu cheiro a sua essência

E a quero mais que tudo

Voltar aos velhos rios

Com suas correntezas fortes

Que me faziam cansar

De tanto me debater neles

Quero minhas flores raras

O cantar dos pássaros no meu jardim

Quero muito que tens para me oferecer

Minha amada imaginação

Bruxinha Faceira
Enviado por Bruxinha Faceira em 10/05/2020
Código do texto: T6943638
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