A explicação da vida como eternidade do cosmo.
Eu nasci a dez milhões de anos atrás, estou aqui temporariamente, não sei se era para ter nascido.
Nasci varias vezes, morri tantas outras, entretanto, fui renascendo e morrendo, até adquirir a formatação que tenho.
Deste modo, sou mais velho que a pedra, a minha existência retrocede a existência da água do mar, sou muito velho que os universos paralelos.
Eu já existia, quando o infinito era vazio, escuro e frio, o cosmo composto, exatamente pela antimatéria.
Com efeito, eu já existia antes da existência do átomo quântico, sou mais velho que os pongídeos descendo das árvores erguendo as cabeças e transformando em proto- hominídeos.
De hominídeos ao homo erectus ao sapiens, sou muito mais velho que o preceito da existência.
Estou aqui neste instante, entretanto, sou a reconstituição do passado, de todos elos evolutivos, desta forma, serei o presente reconstituído no futuro.
Com efeito, a minha substancialidade é a composição do grande substrato natural.
Sei que devo morrer, entretanto, a minha essencialidade biológica será reconstituída na única substancialidade a mãe natureza.
Deste modo, sou as coisas, as mortas e as existentes, em uma dialética permanente, estarei sendo as reconstituições.
Do solo da terra, da água do mar, do oxigênio existente, do brilho do hidrogênio, a luz das estrelas.
Tudo que está em mim, sendo a minha existência, são as coisas das quais eu sou.
Do mesmo modo, as coisas as coisas sempre serei, a substancialidade da própria existência.
Motivo pelo qual serei eternamente imortal, o único fundamento do qual não fará a minha existência.
É o aspecto espiritual, pois a cognição termina quando coração não oxigenar o sangue.
As demais coisas eu serei, a interminabilidade do próprio universo.
Edjar Dias de Vasconcelos.