A história do presente revivendo o passado.
Que saudade que tenho da onda do ar, da terra do campo, da água do rio.
Da minha infância do meu tempo de criança, dos pais queridos, do infinito azul, do céu bordado de estrelas.
Os anos que passaram, da infância a adolescência, do mundo adulto, dos cavalos a fazenda serra da moeda aos livros de filosofia.
Das flores aos sonhos, dos belos dias, o brilho do campo, a minha existência a luz do sol.
O perfume do ar, o oxigênio da imaginação, recordo do lago, do rio e das árvores as salas de aulas.
Jamais imaginaria que o mundo poderia ser dourado, entretanto, a reflexão do medo que tive.
Dos trovões e da chuva, o tempo passando, a blusa azulada, as recordações.
Era tão pequeno a noite as vezes sonhava, o encanto da aurora, o que seria o novo dia.
Cantava e falava, sorria a alegria a vida a felicidade, tanta melodia o perfume das flores.
O tempo inesquecível da mais doce fantasia, tinha medo do ar, encantava com o vento e não conseguia entender o delírio metafísico.
Em meu olhar ingênuo cheio de aroma, beijando o solo, entendia a veemência do silêncio.
Queria contar a areia do campo, entender a primavera, a magnífica vida das lindas tardes, antes do sol colocar entre as montanhas.
Na velha acepção ptolomaica, então a face do rosto rosada devido o frio, os lábios tremiam.
Era o encantamento daquelas delícias, olhava o rio a belas cachoeiras, entretanto, quando o céu desaparecia sorridentemente dormia.
Recordo de tudo, como se fosse naquele instante, despertava com o cantar dos pássaros.
Olhava para o infinito, o céu sempre lindo, sonhava acordado com as flores, a figueira a sombra das frutas, a magnitude da vida.
Até que um dia tive que partir para nunca mais voltar, a bela fazenda onde nasci.
Serra da Moeda Itapagipe Minas Gerais.
Edjar Dias de Vasconcelos.