Prisão que não se vê
Nem tudo aquilo que te aprisiona pode ser explicado;
nem tudo que te impede de ser livre é de fato, gradeado;
tem prisão intransponível que não se pode enxergar;
tem grades de medo, que mesmo querendo, não se pode atravessar.
Só se é refém de Tudo aquilo que por você foi escolhido;
só se liberta a si mesmo quando, por fim, se revela um sentido;
você é preso a você mesmo, aceite isso ou não, isto não é variável;
você é cativo de seu próprio cativeiro, num universo completamente inexorável.
Como num salto de fé, decidido a ir, não há como retornar;
como numa escolha qualquer, é inevitável que algo deve-se abandonar;
tu és resultado de tudo aquilo que um dia escolheste livremente;
tu és isso que não consegue mover, aprisionado às pesadas grades da tua mente.