Há pouco, quase poeta...
Aqueles dias tão distantes
Que me recordam outra vida
Parece tão longe a adolescência
No tempo que passa sem guarida
Redescubro num silêncio
Algo adormecido
Sinto-me um jovem louco
Rejuvenescido
E no silêncio
Brota um sorriso
Que para no tempo
Sem nenhum aviso
E o tempo que tanto digo
Mesmo sendo repetitivo
Traz de presente o semblante lindo
Mas corre com a pressa do infinito
Já não sou mais poeta, minha querida.
Antes versos de amor, hoje apenas linhas,
Mas ainda me inspira o sorriso
Que de tão lindo me renova a vida.