Há pouco, quase poeta...

Aqueles dias tão distantes

Que me recordam outra vida

Parece tão longe a adolescência

No tempo que passa sem guarida

Redescubro num silêncio

Algo adormecido

Sinto-me um jovem louco

Rejuvenescido

E no silêncio

Brota um sorriso

Que para no tempo

Sem nenhum aviso

E o tempo que tanto digo

Mesmo sendo repetitivo

Traz de presente o semblante lindo

Mas corre com a pressa do infinito

Já não sou mais poeta, minha querida.

Antes versos de amor, hoje apenas linhas,

Mas ainda me inspira o sorriso

Que de tão lindo me renova a vida.

Nepomuceno Neto
Enviado por Nepomuceno Neto em 05/05/2020
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