LOBO NA PELE DE PASTOR
Tu que sorris para dentro
Um riso abafado, enrustido
Tua falsidade ilude, confunde
Tu trais tua mulher aos domingos
Teu jeito de senso honesto
Tua voz calma de padre jesuíta
Teu falar manso e discreto
Escondem as garras de lobo anarquista
Na tua rede, o que cair é teu peixe
Não tens preconceito com nenhuma mulher
Se alguém não te aturar, que te deixe
Pois qualquer uma, pra ti, é uma qualquer
Mauricinho, playboy e esnobe
Será que tuas segundas intenções são nobres?