LOBO NA PELE DE PASTOR

Tu que sorris para dentro

Um riso abafado, enrustido

Tua falsidade ilude, confunde

Tu trais tua mulher aos domingos

Teu jeito de senso honesto

Tua voz calma de padre jesuíta

Teu falar manso e discreto

Escondem as garras de lobo anarquista

Na tua rede, o que cair é teu peixe

Não tens preconceito com nenhuma mulher

Se alguém não te aturar, que te deixe

Pois qualquer uma, pra ti, é uma qualquer

Mauricinho, playboy e esnobe

Será que tuas segundas intenções são nobres?

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 01/05/2020
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