O SAGRADO
(Por Érica Cinara Santos)
Nasce um dia a mais
E nas horas não-lineares
fazem-se límpidos rios e mares
Na atual solidão do cais
Amante da chuva
Dança o vento com vaidade
E se amando dissolvem, os dois, a sombra turva
Do torpe ar enfumaçado das cidades
As folhas mais vívidas
A se balançarem eufóricas nos galhos
Escancaram felicidade nítida
Da inteireza de si, sem retalhos
Gaia respira
Enquanto fica o humano isolado
Curam-se cósmicas feridas
Trazendo à tona a clara compreensão do sagrado!