NÃO SOU VELHO SOU ANTIGO
Não sou velho sou antigo, doutro tempo,
Tudo o que valho é verdade não invento,
Minha vivência é rica, bem preenchida,
De melhores momentos da minha vida.
O meu valor real me concede o direito
De quando morrer ficar num pedestal
Do meu escritório, onde passei a vida
A escrever a boa poesia de valor real.
A antiguidade é para ser preservada,
E para sempre por todos respeitada,
Por ser a memória duma vida digna
Que contra as injustiças se indigna.
Ser velho não tem a ver com o antigo,
É apenas o corpo gasto e consumido,
O antigo é espiritual e de forte moral,
Que deve ser respeitado e guardado.
Não sou velho sou antigo e reclamo
A minha identidade sem uma idade
Que me querem atribuir, para iludir
Quem não conhece minha lealdade.
Ruy Serrano - 24.04.2020