ESPELHO DA FONTE

ESPELHO DA FONTE

O espelho da fonte, reflete o belo ocaso,

enquanto prenuncia o rouxinol

em suave canto,

o fim da tarde.

A noite assim, não vem ao acaso,

também espelhar-se

na água da fonte como um encanto.

Sai o reflexo do ocaso,

e a lua agora banha-se na fonte corrente,

alumiada pelo sol,

que se distingue no escuro da noite

como estrela brilhante.

O sol pereniza sua luz cósmica,

junto com outras

estrelas irmãs,

que certamente espelham-se

em diversas fontes fluentes

sobre as superfícies

dos orbes iluminados.

Talvez este poema esteja imitando

os espelhos poéticos de Borges,

que, apesar da cegueira

irreversível,

usava a visão espiritual

para percorrer os inúmeros

labirintos, de suas portentosas

criações literárias.

Mas não há quem escreva, sem antes

ler, para aprender a escrever,

os gênios da literatura universal.

Os prodígios da admirável

arte de escrever.

Cada um traz em si,

bem como aprende, aprimora

a forma, a emoção estilística

de expressar-se.

E cada um constrói, detém,

semeia a fonte de suas inspirações,

através dos textos escritos,

deixando o legado

de seu gênio intelectual,

expresso no espelho da fonte,

onde se aprecia

e se valoriza suas obras indeléveis.

Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 23/04/2020
Reeditado em 30/09/2020
Código do texto: T6926430
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