Náufrago
No ventre amargo da reclusão imposta,
Renova o conhecido sentimento de aposta,
O jogar xadrez numa escura e revelha arena,
Com a face da insânia em quarentena.
Mais parece um exílio ou um naufrágio,
O recolher voluntário na ilha do Eu,
Donde se escuta o interior adágio,
Que sussurra o tempo que se perdeu.
Amolda-se a sentença de morte,
Agora que já se perdeu até o norte,
Os lados são os mesmos em distância,
Frágil como a primeira e longa infância.
É uma ilha sem água ou resto de areia,
O náufrago não avista mar ou sereia,
Não há palavra ou sentimento mútuo,
Há o temor mudo do cárcere perpétuo.
No ventre amargo da reclusão imposta,
Renova o conhecido sentimento de aposta,
O jogar xadrez numa escura e revelha arena,
Com a face da insânia em quarentena.
Mais parece um exílio ou um naufrágio,
O recolher voluntário na ilha do Eu,
Donde se escuta o interior adágio,
Que sussurra o tempo que se perdeu.
Amolda-se a sentença de morte,
Agora que já se perdeu até o norte,
Os lados são os mesmos em distância,
Frágil como a primeira e longa infância.
É uma ilha sem água ou resto de areia,
O náufrago não avista mar ou sereia,
Não há palavra ou sentimento mútuo,
Há o temor mudo do cárcere perpétuo.