Quão distante é o teu perto?
Que te trouxe esta pandemia:
Calmaria por teu sentimento
Que naturalmente expressas
Ou súbita e intensa melancolia
Por antes viver sempre às pressas?
Aconchego pela honestidade
E fidelidade àquilo que tens
Cravado no peito e no agir
Ou o pesar ao contrariar tua vontade
Por ter medo e ela tanto reprimir?
Tens tratado feito um jogo o coração
Ora aqui, ora ali, em delongas demasiadas
Sem receio de ser tu o perdedor
Ou te rebelarias e dirias: não!
Por livrar-te dessas convenções mal ditadas?
Faz deste tempo teu (re)conhecimento!
Busca no intrínseco a espontaneidade tua!
Convida o eu, o tu, o nós, e eles
Depretensiosamente e sem julgamento
Com a leveza de uma alma nua.
Quando estiveres perto
Decerto não permaneças longe...