XIZ

Fiquei a esperar séculos pelo meu passado,

Feito um louco, alucinado, olhando o futuro!

Eu sabia perfeitamente que estava cansado,

Que imagens e sons jaziam tudo no monturo.

Fiquei ali a esperar, então, que o futuro viesse,

Numa solidão de deserto assolador, assustador!

Em vão estava estático, orava, fazia uma prece...

E nada, a não ser, da alma, uma profunda dor!

Veio-me luz: Psiu, acorda, passado não existe!

Cada segundo que passa, vira apenas história...

Jamais voltará, seja o que for, alegre ou triste!

Tão pouco existe futuro, ponha isto na memória!

Apenas, hoje, viva o presente, intensamente, e ame,

Tudo, todos, sem distinção! Viva bem, não reclame.

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 05.12.2014

15h33min [Tarde]

Estilo: Soneto