CONFIANTE
Tenho pavor de todo país
De A a Z, o que escapar é por um triz
Tenho pavor do mundo
E também de todo mundo
Ouço muito fato fementido
Tenho pavor, pavor do desconhecido
Tenho pavor de abrir a janela
Ou de quem passa perto dela
Na rua até se escuta um oi
Entrei na sala e dela sai
Pensamento inquietante, coração acelerado.
Nenhum vizinho para dividir um segredo
Um monstro sem tamanho
Alvoroço estranho
Garatujo poema, conto, haicai...
O pavor até que se esvai
O vírus fez um tufão de revolução
Mas, a solidariedade invadiu nosso coração
Como uma grande explosão
Anjos labutam por mim, por nós. Momento de reflexão!
Aperto o botão: vírus da molesta
Eu tenho pavor de abrir a fresta
Que dá para o agreste da minha inquietação
Enxergo a placa certa indicando a contramão
Constato em Isaias: "Não temas, pois eu sou contigo;
Não te assombres, pois Eu sou o teu Deus.
Eu te fortalecerei, e te ajudarei,
Eu te sustentarei com a destra da minha justiça".
Um vírus incompreensível ao homem
Até compreensível ao cientista homem
As normas adotadas são essenciais
Vamos ficar em casa porque o nosso Deus é mais