MULTIDÃO HUMANA
(Por Érica Cinara Santos)
Em breu anoitecida
Acredita-se a multidão humana
Donde estarrecida
Assiste a realidade insana
Com olhos rasos de si
O medo se estabelece
Perdida no agora e aqui
Tempo e lugar onde não se reconhece
A multidão entre as máscaras debate-se
As que do microscópico ser a protege
E as que, inúmeras, a revezarem-se
Escondem a sombra da alma que agora emerge
Não, não é o fim!
É tão somente a redenção
A acolher em generoso sim
As chagas da multidão
E promover a inadiável cura
Que se insistia em retardar
Para que os próximos tempos sejam de brandura
E o dia novo com sua intensa luz possa finalmente raiar.