Libre

Um torto vadio

Gatuno

Vagando sem dono nas ruas do Centro

Sempre cético

Camisa de botão amarrotada

Pedindo sempre uma dose que lhe caiba

Um beijo

Um trago

Um buquê

Algum sorriso e a palavra

Vai indo como quem não quer nada

E não quer quase nada

Só a aventura de um marinheiro em terra firme

Passeios

Escadas e escalas

Quer um samba que lhe caia bem no pé

Sonha em um dia desfilar em Cuba

Sem culpa que arranhe o peito

Vai sendo o melhor pra si

Saltando

E nisso, nunca que viu defeito