O pensador e o riacho

Mas mesmo as jornadas mais claras detinham ardor

E com amor se satisfaziam em serem jorradas

Desabrochavam com o calor de lendas narradas

Colimadas no louvor de leveduras embevecidas

Sobre elas e por tais, narreis o que há de se exortar

Sobre elas abririam portais de locução a soletrar

Por se fazerem no tempo, por nele retornar

Deixaram ainda sem saberem ler, não saberem falar

Por tudo em si se fazem de pensador e de riacho

Entanto se corre a saber se sei o que acho

Jorravam enquanto diziam a mim do pensador

Sobre ele fluir para cima e o rio para baixo

Mas mesmo eles em sua condição, feição de amor

Detinham também carinho, mas algum odor

Como voltavam no tempo e se prosseguiam a si

Valeram o significado lembrado e também os quais teci.