TEMPOS
QUISERA COMPOR UM POEMA, COMO NENHUM OUTRO POETA PARA DESCREVER-TE;
DAS ORAÇÕES QUE JÁ FIZ AO UNIVERSO PARA COMPREENDER-TE;
AS RESPOSTAS QUE TODOS OS DIAS ME DÁS, SEM QUE EU POSSA PERCEBER-TE;
ATÉ AS ONDAS DAS MARÉS REAGEM DE ACORDO COM O QUE QUERER-TE.
NO INTERVALO DOS 180º QUE PERCORREM O PÊNDULO DO RELÓGIO DA PAREDE;
ESTÁS NO TIC TAC CRIVELMENTE ANGUSTIANTE PARA AQUELES QUE NÃO TE CONTA;
MAS PRAQUELES ENCLAUSURADOS, QUE NÃO SABEM O QUANTO TU TE MONTAS;
ENLOUQUECEM-SE A CONTAR CADA PONTO DAS FIBRAS DE UM RETALHO DE UMA REDE.
A SEDE QUE ENTORPECE O MORIBUNDO PEREGRINO NO DESERTO;
AO CERTO NÃO REVELA A SEDE DAS SUAS DORES ;
QUE ATRAVÉS DE TI TUDO SE TRANSFORMA E ATÉ A TEMPESTADE SE REMEDEIA;
LOGRAS OS VENTOS QUE PODEM MUDAR OS RUMOS DOS TRÔPEGOS SOFREDORES;
DO INFERNO AO CÉU,TU REVELAS A LUZ QUE ENCANDEIA.
ÉS IMPLACÁVEL, INFINITO, QUEM OUSARIA TE DESAFIAR?
SE ORA TE MOSTRAS, FEIO OU BONITO;
TU PODES SER SOBERANO, MAS SÓ EXISTES PORQUE CEDO OU TARDE;
SEM ALARDE, O ERRÁTICO SE CONCEDE A IMPERIOSA VONTADE DE SE RENOVAR.
TEMPO... SE HÁ PARA TUDO, PARA TODAS AS COISAS , PARA TODOS OS HOMENS E ANIMAIS?
ENTÃO PÁRA TUDO, PORQUE NÃO PARAS JAMAIS?
QUEM TE INVENTOU, NÃO SABE TE DAR CORDA?
ACORDA, FAÇAMOS UM ACORDO...
QUEM SABE POSSAMOS VERSAR NOVOS VERSOS;
REVENDO OS REVERSOS,
EM NOVOS TEMPOS DE PAZ?
PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)
08/04/2020
EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID19