A escravização da vida
Nunca ouvi o que precisava
No momento que devia
Nunca tive o que queria
Na hora em que procurava.
Nunca estive no lugar
No momento pretendido
Nunca vi qualquer sentido
No sorrir ou no chorar.
Talvez um dia eu entenda
O curso comum da vida
Talvez alguma ferida
Ainda me surpreenda
Talvez descubra que minto
Para viver escondido
Talvez não tenha podido
Jamais dizer o que sinto.
Vejo o que não quero ver
Faço aquilo que não quero
Recebo o que não espero
Lembro o que quero esquecer
Prossigo sem descansar
Enfrentando essa agonia
Até encontrar o dia
E a hora de parar.