Aos que ficaram eu desejo sorte, aos que partiram luz.

Aos que ficaram eu desejo sorte, aos que partiram luz.

A culpa é devoradora, o agonizar da alma sem esperanças,

aos mórbidos seres que ficam, sem expectativas

de um dia se livrarem do peso da existência enferma .

Os pálidos sonhos que se foram, o silêncio agonizante.

Sangues que escorrem, laços da morte, o voar de um corpo

e as medíocres vidas deixadas a mercê, de suplicas perguntas

que expressam a tristeza da alma.

O deleite de um caixão, o simples alivio desejado,

em breve, novos distúrbios a romper.

São tantos fins que há de suceder,

a amargura das correntes que crescem incessantemente,

a insolente tragédia de quem não tem escolhas

sendo jogados no meio dos lixos de outros.

Desprezível humanidade, faz nascer, faz morrer.

Situações horrendas,

uns nascem no esgoto, outros se jogam de pontes

maldito sistema, matam os chegados, e empurra os desolados.

Victória Reginna
Enviado por Victória Reginna em 07/04/2020
Código do texto: T6908989
Classificação de conteúdo: seguro