Têmporas
A Poesia ninguém ensina,
É leito de rio, a Terra herda,
Herança que sofre o pesar
De desdém, que muitos tem
Ao vê-la correr a vela solta,
Saca, se a vista vazia envia,
Às narinas, o tempero do pó
Pelos poros, é calafrio à toa,
Tomba os tomos uma soma
de catarros soados na tumba
O cúmulo da temperatura