Denodo

Denodo

Diante das tantas quedas d'águas

Meus mergulhos quase sem volta

E os pulmões que latejavam por ar

Agora descansam - por terra firme

Firme seguro a manivela do tempo

E total domínio sobre meu destino

Quietude nos ares ao menos agora

A brisa da paz que recai sobre mim

Livre dos julgos - despedaçaram-se

O peso dos anos de lágrimas ácidas

Agora não preciso carregar o mundo

Nem mesmo a vergonha do silêncio

Sentado no vão da minha casa natal

As memórias parecem sentir o alívio

Hora da criança interior tornar-se livre

Se encaixar perfeitamente na história

@c.vict0r

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 02/04/2020
Código do texto: T6904619
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