QUARENTENA
Tantos quantos vivem sozinhos!
Às vezes esquecidos
Em seus próprios “ninhos”
Sem afeto, sem carinhos,
Pobres seres, envelhecidos!
Quarentena constante
Desde o instante
Em que são deixados
Na pior das solidões.
Sim! Estou pensando em todos os idosos
Que nestes momentos dolorosos
Buscam braços
E não encontram os abraços
Nos seus dias ociosos.
Felizes daqueles que são assistidos
E pelos seus entes queridos
São resguardados.
Dói-me no peito
Pensar no jeito
E na tristeza do olhar
De tantos idosos isolados
Abandonados
Sem os cuidados
De quem deveria amar.
Recorro ao poder do Céu
Que não deixe ao léu
Todos aqueles que um dia
Suaram o ‘chapéu’
Para criar os seus...
E que pelas atitudes
Destes mesmos ‘fariseus’,
Hoje, me fazem chorar.
Ênio Azevedo