IMPÉRIO DA INOCÊNCIA
Sorrateiro veio o estopim,
Quando então,em mil alardes,
Anunciou-se,ao som de flautim,
E fez-se de todos cedos tarde.
Línguas venenosas herpetológicas,
Veleidades afloram como ósculos,
Vulgaridades,futilidades mágicas,
Maledicências combustivas feito fósforo.
Mas a inocência traz em si paraísos,
(Doces conúbios, doces acalantares)
Onde hibiscos são sacudidos pelo vento,
Sai sempre ilesa de finais juízos,
Como rios a desaguarem nos mares,
Onde de ternuras todos fazem-se sedentos.