Eternidade...

Aquele que um dia jurei amor
Não foi um jogo, nem pirraça do coração
Mas por que a vida, assim o quis!

Nunca fiz planos...
Nem desterrei mistérios...
O destino foi quem me sentenciou

E tua alma? Ah! pobre alma!
A vagar vive entre meus versos,
Na ilusão de encontrar uma saída

No entanto, fico perdida, perecendo
No desamor, onde o pranto escorre,
Aquece a alma, e refaz minhas esperanças.

Por que nesse amor eu vivo, e morro
Sobretudo, sonho, e vibro, em cada
verso, que ainda há de vir desse amor

Teus olhos me acalmam a alma
Me trazem a serenidade no ser
Ainda que a noite seja um soluço de dor

Assim, eu ando, tão dispersa no tempo
Nesse mundo, cantarolando,
Pra matar a dor, desse maldito amor!

Mas, se cedo eu partir, meu amor!
Ah! Nunca digas que eu morri,
Nem me sepulte no teu verso

Busque-me entre as linhas de saudades...
Dos poemas que à ti dediquei,
Não importa se foram tristes, ou amargurados

Por que assim serás, meu amor!
Tua pobre alma, em mim viverás
Sempre, por toda uma eternidade!


Mestre Jacó filho

ETERNO AMOR

Sobre nós trazendo luz, vem terno, o Sol,
Pra paixão convertida ser um ponto fraco.
Ao sofrer por amor espalho-me em cacos.
Mas por tua beleza fiz-me isca num anzol...

Comecei por sonhos, contigo sendo parte,
Pra mente abstraída, sentir-se tão segura,
Que projete o amor prometendo em juras,
Não ter fim os sentires que já fazem parte...

Planejei nos templos, pro amor ser infindo,
Fazer de sentimentos, que moldam em luz,
Retratos dum céu, que aos homens, seduz...

E em todas estações, cada vez mais lindo,
Esse amor pungente, pro céu, nos conduz,
Voando nos sentires que nosso ser traduz...

Mestre Jacó Filho