A Batalha dos Loucos

Quantas vidas se sucedem

Quantas flores nascerão

Quantos homens sofrem e ferem

Quantas dores inda terão

Quantos sonhos malogrados

Das tantas noites mal dormidas

Que se arrastaram na vida

Pelas vielas da solidão.

Na comum ira humana

Na terrível dor do amor

Na partida repentina e insana

No voo interrompido de um beija-flor

No pulsar das desvalias

Nas idas e vindas da paixão

Que machucam noite e dia

Atulhando um coração.

Depois que o sopro cessar

Depois que o silencio romper

Depois que a festa acabar

Depois que a morte viver

Antes que se consume a existência

Desaguando num mar revolto

Trará à luz a ciência,

Na Batalha inglória, dos Loucos!

SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 16/03/2020
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