Todos são perfeitos

Todos são perfeitos

Todos são perfeitos

Só o poeta tem dedos abertos

Olhos revirados

Pouca torta

Palavras que escorrem pelas pernas

Signos e sinais espalhados

Espelhos quebrados na gaveta

Todos seguem sua linha reta

Na mão certa

O poeta elegante

Vai em zigue zague

No contra fluxo

Todo mundo tem a fala macia

E segue observando os sinais

Só o poeta

É um bode velho

Fedendo em versos

Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 16/03/2020
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