Metamorfose

Ela chegou-se bem devagar, lentamente,quase se arrastando.

Cheia de pernas, pernas cheias de pelos!

Não pediu permissão, tampouco pediu licença

Subiu a parede de minha casa, parou por um momento, ohou-me, mas nada falou.

Eu também a olhei! Não era uma das mais belas visões,

Uma daquelas paisagem que nos traz encantamento!

Até me veio um pensamento, e se eu o tivesse feito,

Provavelmente teria findado uma notável beleza!

Têm certas coisas que aos nossos olhos e à primeira vista

Parecem ser apenas o que aparenta ser, no explicito momento,

O pensamento só enxerga o superficial.

O dia a dia, o lugar comum, as vezes nos torna um ser de curta visão.

Resolvi sair, e, a deixei ali, pendurada na parede, não que fosse, ela, um belo adorno! Mas as vezes temos que enxergar com os olhos do coração!

Quando eu retornava a sala, já não a via mais,

Pois, eu já tivera puxado a cortina da sala, que a cobria!

Passaram-se alguns dias, e eu nem me lembrava daquela feiura!

Certo dia ao olhar para a cortina me deparei com ela,

Simplesmente bela, de uma beleza impressionante!

Uma grande borboleta colorida, abria e fechava a asas

Pois, acabara de vir ao mundo,

A esse nosso velho mundo, cheio de encantos e desencantos, ora transformada .

Eu a olhei, dessa vez encantado com a sua exuberante beleza!

Ela continuou como se eu não estivesse ali, a observa-lá.

Não durou muito tempo,

E sem cerimônia, ela abriu aquelas coloridas asas!

E em direção a luz, que entrava pela a janela,

Ela voou!

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 16/03/2020
Reeditado em 09/05/2023
Código do texto: T6889220
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