O delírio das vossas ideologias.
E agora de quem é a culpa, o delírio de vossas ideologias, o caminho da mais absoluta loucura.
Não se pode menosprezar a ignorância, vocês também são culpados, pois brincaram com a vontade de domínio, serão também vítimas.
Ele era o centro satânico, vocês ajudaram construir a referida proposição, agora são o próprio inferno.
Para onde foi a hermenêutica heurística, as apodíticas induções, a lógica apofântica.
Apolínea apologia nietzschiana.
O delírio prevalecerá, a psicopatia comandará nossas emoções, não haverá mais esperança.
O preço da satanização metafísica.
Apagógica epistemologização, o vosso éskhatos transcendental.
Um mundo desértico cheio de trovões, raios caindo em solo fértil, o que será do nosso futuro.
Inúteis as ponderações de Schopenhauer, Marx, Nietzsche, Freud, Heidegger, Sartre, a Escola de Frankfurt, sobretudo, a razão instrumentalizada, de Adorno e Horkheimer.
O grito sussurrado de Habermas, o silêncio cruel dos neoliberais, a prevalência da bandidagem de Chicago, a resposta dada através de Foucault, a epistemologia de Deleuze, Lyotard e a genialidade de Derrida entre outros.
No Brasil tão somente a grandiosidade de Paulo Freire.
As cores tremulam ao som das fantasias, como se fossem possíveis as ilusões.
As trombetas descem do céu, o inferno quer as nossas almas.
Vocês acharam fundamental a manipulação, não imaginaram o grito da ignorância, neste momento tremem de medo.
O sol não descortinará a madruga, uma noite composta por uma interminável escuridão.
O que fazer se o novo sol não nascer, e, não nascerá, exauriu no infinito a energia de hidrogênio.
A terra não gira mais em torno do próprio eixo, estavam errados, Ptolomeu, Aristóteles e Copérnico.
A genialidade de Galileu, a percepção da gravidade dos eixos, todavia, o não entendimento da ausência de gravidade no vácuo.
Desde modo, comportou Newton, na formulação da física clássica, os gênios contemporâneos, Bachelard, Heisenberg e Einstein.
A teoria da aproximação, o princípio da incerteza, o fundamento da relatividade.
Entretanto, de onde vem a luz, do pêndulo do outro Foucault, a exuberância da escuridão.
Muito tarde, a prevalência das páginas sagradas, o grito coletivo da psicopatia, apenas o prenúncio do mundo das trevas, o presbiofrênico sentimento político.
Edjar Dias de Vasconcelos.