BALAVRAS
Saque habilmente
Tuas palavras...
Deposite-as em páginas
Ou as lance ao vento.
Pode ser contos, crônicas,
Novelas épicas ou não!
Pode ser poesia,
ficção ou não ficção.
Atire a esmo palavras,
quaisquer palavras.
Até de gibi, tirinhas
ou anúncios de jornais...
E o atingido ressuscitará!
Porque a palavra escrita,
impressa, dita, revelada,
gritada, liberta e salva!
E quando sussurrada
no ouvido faz arrepiar...
Te condena,
Faz sorrir
Ou faz calar.
Depois sopre tuas ideias
Como um cano em brasa
Mire o mundo ou a plateia
Com verdades ou asas
Solte tuas palavras
De amor, de perdão
De justiça e revolução.
A palavra é como uma bala
Se for certa Liberta
Se for perdida Mata!
(Inspirado no poema “De medos e covardias”, de Luiz Alberto Dos Santos. Imagem: Tela Amarelo-Vermelho-Azul, 1925-Kandinsky)