O ABRAÇO
Cuidado com quem
Você abraça,
Pois pode ser brasa,
Ou asa de inseto
Caindo de podre
Do teto da casa.
Pode ser bandido
Banido da vida,
Ou a hipocrisia
De cara lavada.
Cuidado com quem
Você abraça,
Pode ser cortante
Faca de dois gumes,
Um lume do inferno
De olhos vermelhos
Que arrepia os pelos
E não se assume,
Mas finge tristeza...
-Torpeza, estrume!
Cuidado com quem
Você abraça,
Pois fica-lhe o cheiro
E gruda a sujeira
Nas fímbrias da alma
Que torna-se pútrida
Pelo torpe toque
Da falsídia súbita!
Cuidado com quem
Você abraça,
Pois pode ser brasa,
Ou asa de inseto
Caindo de podre
Do teto da casa.
Pode ser bandido
Banido da vida,
Ou a hipocrisia
De cara lavada.
Cuidado com quem
Você abraça,
Pode ser cortante
Faca de dois gumes,
Um lume do inferno
De olhos vermelhos
Que arrepia os pelos
E não se assume,
Mas finge tristeza...
-Torpeza, estrume!
Cuidado com quem
Você abraça,
Pois fica-lhe o cheiro
E gruda a sujeira
Nas fímbrias da alma
Que torna-se pútrida
Pelo torpe toque
Da falsídia súbita!