Em fuga...
Nada programado
Tudo bagunçado
Deteriorado...
Ao relento me deito
No rosto a brisa da noite
No olhar o vislumbrar da lua
E no pensamento...
Pensamento... Agora nada passeia por ele
Simplesmente embaça
Machuca e corroí
Minhas membranas sensíveis
Alma antiga que sente
Os desgostos do hoje
Que chora de saudade
Dos tempos antigos que não voltam mais
Das boas viagens
Das andanças mundo a fora
Nada aqui é programado
Simplesmente acontece
Sem que tenhamos qualquer controle
Pegos na surpresa
Meu pensamento?
Ah! Ele está longe agora
Viajando uma hora dessas
Para ver se encontra descanso
Para ele e minha alma cansada
Aqui deitada ao relento
O que sinto agora é apenas
O roçar da grama em minha pele
E a brisa tocando meu rosto
Nada quero nesse instante
Apenas calar-me
E ouvir...
O que o universo tem a me dizer
Depois de uma viagem tão longa