Dejeto Humano
Inquietude insana
Deste projeto de afeição
Depressiva condição humana
Que ignora a plenitude da razão
Somos espelhos das deploráveis ações
No consenso irrisório da vida
Das falsas contradições
Fazemos-nos escravos da ferida
Contempla-se a mentira plausível
Subordinada e suavemente fiel
Faz-se o julgamento irreversível
Condenando-nos ao sepulcro cruel
Instigamos ao sofrimento
Somos descartáveis objetos desprovidos
Buscando no escasso alimento
Um suspiro de alívio enrustido
Não buscamos esperança ao despertar
Perdemos o brio definitivo
Somos o próprio dejeto contaminando o ar
Deste mundo febril e compulsivo
Postamos em rudes pensamentos
O parecer mais confuso da sinceridade
Através destes flácidos sentimentos
Tornamos-nos o alicerce da falsidade
No receio da conscientização conseqüente
Por entre as entranhas da soberba absurda
Tornamo-nos um servo doente
Da sociedade cega e surda.