A BATALHA CONTRA O OUTRO
Meu maior inimigo, eu mesmo.
Faz-me vítima, há ciladas,
Tão nocivo qual plasmodesmo
Faz de árias dentição cariada.
A razão vagueia feito lesma,
Há tramas complexas reptilianas,
Carecem serotoninas, dopaminas,
Enquanto o córtex em terna quaresma
Mantém a graça assim franciscana
Para os olhares do outro que desatina.
Nuvens se arranjam no céu-mosaico,
Garças ressonam à margem do rio
E meu ser moderno rende-se ao arcaico
E as tempestades nunca que têm estios.