QUE FIZ DE MIM?
(Ps/495)
O meu deserto sem sol
Deixou-me aquém da esperança!
Perdida e impaciente, sinto frio e
Mergulho em lembranças sonolentas!
Sou muro de mim mesma
No atrasado sonho que não floresceu!
Horas e dias anos que passam
Temo que isso tudo me fará morrer!
Sou metade, estou mais velha.
Passo como o murmúrio das águas
Na serenidade em desejos mortos,
Sem andaime à me apoiar!
Desejo mergulhar na letargia profunda
E, apenas, Arcanjos e Querubins me encontrarão,
Dormir longamente um sono outonal,
No ventre da mais lívida solidão!
Ao despertar, quem sabe,
Queira ver a face do vento e, quem dera
Dizer-lhe o quão feliz outrora fora
E agora, a minh' alma é insone, vazia!
Tento não te lembrar em minha vigílias
Pois não deixastes mais a aurora raiar.
E no espaço da saudade confinastes-me!
Essa funda dor que trago e não acalma
Seguirá no outono da minha estrada,
Ao acordar!
(Ps/495)
O meu deserto sem sol
Deixou-me aquém da esperança!
Perdida e impaciente, sinto frio e
Mergulho em lembranças sonolentas!
Sou muro de mim mesma
No atrasado sonho que não floresceu!
Horas e dias anos que passam
Temo que isso tudo me fará morrer!
Sou metade, estou mais velha.
Passo como o murmúrio das águas
Na serenidade em desejos mortos,
Sem andaime à me apoiar!
Desejo mergulhar na letargia profunda
E, apenas, Arcanjos e Querubins me encontrarão,
Dormir longamente um sono outonal,
No ventre da mais lívida solidão!
Ao despertar, quem sabe,
Queira ver a face do vento e, quem dera
Dizer-lhe o quão feliz outrora fora
E agora, a minh' alma é insone, vazia!
Tento não te lembrar em minha vigílias
Pois não deixastes mais a aurora raiar.
E no espaço da saudade confinastes-me!
Essa funda dor que trago e não acalma
Seguirá no outono da minha estrada,
Ao acordar!