A distância do tempo esquecido.
Tive que caminhar em diversos campos, pisei em múltiplos solos, senti o rancor dos trovões.
Percebi a ausência dos deuses, vi a bravura das nuvens, entendi a escuridão do tempo.
A metafísica das ideologias, um instante distante, todavia, recordei o passado presente.
Todos sinais estavam em minha alma, o eco da solidão, o silêncio passado, porém, recordado na imaginação.
Um pouco de tudo, até mesmo do futuro desejado, recordo ainda do passando presente na alma distanciada.
Então a substância foi essencializada, como se raios pudessem cair no campo desértico, o medo das intuições sonhadas.
Todos lugares a vossa exuberância, as dignificações ideologizadas, sussurra no vosso peito, o ar respirado, batendo forte o coração, o oxigênio neurônico.
Os bastidores das vossas almas, a destinação da escuridão, descortinando o brilho do hidrogênio.
A vossa complacência ao tempo incompreensível, o destino configurado a ignorância dos vossos sonhos.
Edjar Dias de Vasconcelos.