SOL DE JUSTIÇA                         


     O sofrimento da alma dói o espírito.
     Quando a angustia vem despedaça o riso.
     As manhãs carecem de alegrias e danças, os sinos batem em dias de covardias.
     As luzes se apagam no silenciar da mente e o corpo flutua em plena consciência ao despertar do sono acorda a própria morte.
     Mas a vida paira no universo oculto e abrem-se os olhos como pano de fundo.
Arrasta-se o desânimo pela falta de fé e atitude.
 
     Os muros desprotegidos dos incrédulos são os mais afetados, a soberba enaltecida dos mais exaltados, lançam flechas envenenadas contra a si próprias e desfilam em desonra para não conhecer a verdade.
     O caminho mais perto é o engano e a falta de credibilidade alheia, pois aproveitam os descuidos das outras pessoas para parecerem que são os corretos.
 
     As máscaras disfarçadas decaem os semblantes, e o escondido passa aparecer para afrontar as ações como sol ao meio dia.
     A estupidez escarra na face da humildade, e a arrogância furiosa lançam suas farpas contra o domínio próprio para tirar a gentileza do sério.
 
     O vulcão do desacordo voltou a vomitar suas larvas de fogo incontrolável diante dos olhos de seus oponentes.
     A cobiça atrai milhares para o fundo do poço. Levam presos: políticos, famílias inteiras e banqueiros. Ao contrário do de tudo que o povo diz, mas nas próximas eleições estão eles aí de novo.
 
     O mundo parece com milhares de gladiadores em plena Arena; é a batalha sangrenta para sobreviver à luta, mas depende do polegar do Imperador no final do round.
     O muro da vergonha já foi construído. Muitos já perderam a chance e a paciência para estar do outro lado; as águas da impiedade se unem com a falta de amor ao próximo, e a terra clama o sangue dos menos afortunados.
 
     O sol de justiça sempre sobressai quando menos se espera, e a sua luminosidade vem para deter todas as trevas e escuridão.
     O Todo Poderoso se manifesta de todas as formas e todos os dias para a criação humana,
       O Onipotente repousa seus olhos sobre toda a terra, nada possa impedir o seu agir e seus ouvidos não estão surdos para que não possam ouvir.

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 02/03/2020
Reeditado em 10/12/2021
Código do texto: T6878696
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.