A BORBOLETA

A BORBOLETA

Deixarei

que a borboleta,

com o seu

pouso leve,

me ofereça

a sua alegria

esvoaçante

no limiar da manhã.

Trazendo-me

também em suas

asas coloridas,

o calor

morno do sol

matutino,

que o meu hálito

agora

lhe refresca,

quando

lhe sopro

as asas paradas

por breves

instantes.

Ah, borboleta,

meu coração

já bate

com tamanha

emoção,

porque voce

chega perto

de mim

em qualquer

hora incerta,

e rápido vai-se,

voejando

com a mesma

alegria,

me deixando

atônito,

sem sequer

perceber

a emoção

que lhe envolvia

o andarilho

coração.

Mas ainda vi,

pela sutileza

do voo,

a sua emoção

revelada

nos olhinhos

lacrimejantes.

Sei que vai,

borboleta,

para qualquer

lugar que lhe

agrade,

levando

de novo

o calor do sol

em suas asas,

que ficarão

mais frescas,

quando pousar

em qualquer

galho de árvore

florida

durante a noite.

E, em suas asas,

como se fossem

pétalas

de flores,

vão acumular-se

as gotas

de orvalho,

nutrindo

o seu sono frio,

que irão diluir-se

diante do sol

no novo dia.

Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 29/02/2020
Reeditado em 15/06/2022
Código do texto: T6876902
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