Sem respostas

E as vezes tudo parece turvo

Na medida que as coisas vão acontecendo

E as coisas estão acontecendo

Que coisas seriam essas?

Nem é possível definir.

Parece que um tsunami adentrou

Em seu corpo calejado

Deixando migalhas de tremor ...

E é na hora da dor

Que se para pensar

Seria bom ter respostas pra tudo

Infelizmente quase nunca se tem

É como se houvesse um litigo

Da dura vida reconhecida

Que é cheia de conflitos.

Mesmo que não se saiba o futuro

Nos preparamos com armaduras

Para quando se ouvir um tiro

Enfrentá-lo com bravura.

Há uma sombra por cima

Já sozinha há muito tempo

Nega viver no passado

E nos seus olhos está estampado

A esperança desejável

Em um tempo razoável.

É possível tentar abrir espaço

Para novos pensamentos fluir

Tentando deixar emergir

Sem deixar se vencer pelo cansaço

Na busca por um retorno do amor de verdade

Querendo, apenas, viver com simplicidade

Aos poucos banha-se de paz e harmonia

E assim voltará a alegria

e não existirá promiscuidade.

SILVIA F SOUSA
Enviado por SILVIA F SOUSA em 26/02/2020
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