Sem respostas
E as vezes tudo parece turvo
Na medida que as coisas vão acontecendo
E as coisas estão acontecendo
Que coisas seriam essas?
Nem é possível definir.
Parece que um tsunami adentrou
Em seu corpo calejado
Deixando migalhas de tremor ...
E é na hora da dor
Que se para pensar
Seria bom ter respostas pra tudo
Infelizmente quase nunca se tem
É como se houvesse um litigo
Da dura vida reconhecida
Que é cheia de conflitos.
Mesmo que não se saiba o futuro
Nos preparamos com armaduras
Para quando se ouvir um tiro
Enfrentá-lo com bravura.
Há uma sombra por cima
Já sozinha há muito tempo
Nega viver no passado
E nos seus olhos está estampado
A esperança desejável
Em um tempo razoável.
É possível tentar abrir espaço
Para novos pensamentos fluir
Tentando deixar emergir
Sem deixar se vencer pelo cansaço
Na busca por um retorno do amor de verdade
Querendo, apenas, viver com simplicidade
Aos poucos banha-se de paz e harmonia
E assim voltará a alegria
e não existirá promiscuidade.