Coisa alguma coisa

Talvez, seja um engano

E a luz que brilha não seja real,

Pois, é o bem que protege o mal

E a verdade que esconde o profano .

A dor encapsulada

Na agulha que penetra a pele;

Nas almas já condenadas

Pelo amor que nos apodrece.

A verdade que tolera a mentira.

A verdade que é a própria mentira.

E o personagem que muda de cena,

Encontra a euforia acompanhada da ira.

A insuportável culpa de ser

Dorme tranquilamente bem à noite.

Não é mentira se ninguém saber...

Se a dor diminui a culpa,

Se a mentira é uma verdade nua;

Se o paraíso é um inferno,

Se eu estou errada

Sem os outros estarem certos,

No que devo acreditar?

Na figura de amor que nos condena,

Ou na imagem que não se pode sustentar?

Larissa Silv
Enviado por Larissa Silv em 24/02/2020
Reeditado em 23/03/2020
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