Coisa alguma coisa
Talvez, seja um engano
E a luz que brilha não seja real,
Pois, é o bem que protege o mal
E a verdade que esconde o profano .
A dor encapsulada
Na agulha que penetra a pele;
Nas almas já condenadas
Pelo amor que nos apodrece.
A verdade que tolera a mentira.
A verdade que é a própria mentira.
E o personagem que muda de cena,
Encontra a euforia acompanhada da ira.
A insuportável culpa de ser
Dorme tranquilamente bem à noite.
Não é mentira se ninguém saber...
Se a dor diminui a culpa,
Se a mentira é uma verdade nua;
Se o paraíso é um inferno,
Se eu estou errada
Sem os outros estarem certos,
No que devo acreditar?
Na figura de amor que nos condena,
Ou na imagem que não se pode sustentar?