Cada dia que se passa
Sinto que minhas palavras nunca soaram tão claras
Nem meus pensamentos se transbordaram tão rubros
Percebo que no raiar do sol me suplanto coisas raras
Mesmo envolvido a metempsicose de feitos puros
Não quero tocar essa chama novamente
E depois... Sempre correr pelos cotovelos
Fogo que arde em olhos mortos
E me secam ao repetir dos pesadelos
Conheço cada dia que se passa incessantemente
Mas não ouso a tocar essa chama novamente
Mesmo que meus olhos percam a claridade
Mesmo que o frio invada repetidamente
Há 50 portões não corrompidos para entender
Há 32 estradas para conhecer
Mas há 72 pontes que não pode se deixar ceder
Não tentarei mais tocar essa chama ardente
Ao menos sentir o calor que me carboniza por dentro
Devorando voraz minha sólida mente
Esperando o reencontro sem deixar pormenorizadamente.