População Solidão
A metrópole, que gira e segue,
Porém sem o dom da voz, sem som, inerte
Como um relógio, e seu TIC TAC mudo
Onde o nada, vale mais que o tudo.
O mundo tornou-se um eco digital
Uma tela, que cabe na palma da mão
Ganha valor o vazio, e superficial
Não faz mais sentido, sentir emoção.
Tornou-se fácil conversar
Porém, ainda mais difícil, se aproximar
A linguagem é paralitica e sem som
Apenas o teclado tem voz, e tom.
Sucumbindo a uma ansiedade crescente
Pois a vida se resume, num aplicativo
A geração que não aprecia mais o sol nascente
Não sabe qual propósito, de se estar vivo.