Que seja efêmero...

Naquela época da vida

Quando elaborava apenas paz e leveza para minha existência.

Aproximou-se de mim densa nuvem de provações.

A alegria que modelava meus passos deu lugar a apreensão constante.

Peito congestionado com vibrações que contaminam toda minha alma.

Não vejo mais cores...

Não sou elegível aos mais belos amores...

O passado cobra incessante, implacável.

E nem meu mais profundo reconhecimento

Dos enganos, dos erros, da maldade

É suficiente para me credenciar à liberdade...

Quero ser livre...

Livre da tristura

Da angústia

Das amarguras

Da ansiedade

Quero portar...

Portar coragem pra seguir

Pra fazer o que é preciso

Pra acreditar que é estágio efêmero

Que há um plano...

Que é aprendizado...