A SABEDORIA

Existem corações duros, tão desconfiados e entrincheirados,

Frutos de ataques, baques, conhaques em excesso e bares,

Não são boas opções, apenas o medo vencendo a verdade,

Fazendo a maldade se perpetuar como jamais imaginou-se.

Usei a cota de fazer errado, enterrarei o passado e seguirei,

Quem não desejar ir, não será obrigado, castigado como fui,

Injustiças são medalhas reservadas para as condecorações,

Nada que restaure uma dor sequer, que justifique o sacrifício.

Juntei os cacos, os nacos de mim, antes do fim, só para viver,

Para saber como serei justificado, pelas obras ou pelo perdão,

Pelo sermão que perdi dormindo muito calmamente recostado,

Acreditando que a sabedoria viria me visitar em algum sonho.

Deixei de ser um bom exemplo, contemplo o resto e só presto

Atenção aos caminhos que me representam enquanto tentam

Seduzir-me por encantos sabidamente fúteis e atitudes inúteis,

Os braços do sofrimento são fortes, eu não posso desprezá-los.

Sérgio Sousa
Enviado por Sérgio Sousa em 03/02/2020
Reeditado em 02/04/2020
Código do texto: T6857099
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