A eterna reconstituição de tudo que existe no mundo.

Tudo é mudança, a eternidade é o instante, a única lei a transformação.

O tempo não tem historicidade, a vida a replicação, o futuro é o próprio presente transformado.

O fundamento epistemológico da incausalidade.

Portanto, o passado a continuidade, pelo fato que a realidade é a representação do momento como futuro.

A única lei possível a mudança, deste modo, refletiu o grande filósofo Heráclito.

Portanto, o amanhã não será o amanhã, o instante passado, transformado, como novo momento.

Nada permanece igual, a substancialidade não é fixa, que é a natureza sua mimética modificadora.

Com efeito, o mundo é apenas a evolução da mudança, o que virá no futuro a negação do próprio futuro.

O fundamento da dialética de Hegel, a essência da antítese das antíteses.

Sendo deste modo, a natureza é a revolução da destruição, tudo deixa de ser para poder ser, quando consegue ser se auto destrói.

A destruição permanente a chave das reconstituições, o refazer para morte, todavia, a ressureição propositando a vida eternizada.

O contínuo desparecimento, reproduzindo a eternidade no término de cada instante.

O mundo é a negação do próprio mundo, desta forma, o ser e o não ser ao mesmo tempo.

As reconstituições das reconstituições perdidas, o tempo remodelado na consubstancialidade do momento.

Eis a questão ser e não ser o que somos, a negação do que temos que ser.

A morte contínua dos espaços formatados, como átomos quânticos, o sonho vislumbrado do instante ausente, no desejo de sermos permanentes.

Quando somos a fruição da vontade negada, o presente exaurido em nossos sonhos.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 31/01/2020
Reeditado em 31/01/2020
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