INCENSAR?

Deixem que seus versos falem por si só,poesia é dulcíssima inspiração.
Emoldura-se os versos,ao tentar decifrá-lo, a poesia não é ininteligível,
Estética,métrica,a rima,dão-lhe a estrutura,o sentimento dá-lhe asas...
Cada leitor não é um juiz, é um aprendiz, rema com sua suscetibilidade,
Capta pobreza extrema quando a opinião alheia só propicia estampidos,
Capta essa pobreza, quando o poeta espera confetes na opinião alheia!
Lê, ler-se cada verso da poesia, não com o intelecto, porém com a alma,
Lavrando terreno fértil à sensibilidade a germinar emoções, esses ecos...
Legitimando,a poesia é esse dulcíssimo contagio do qual padece o poeta.
A ver, interpretação nem costumes são universais,universal é o caráter!
A ver, a unanimidade interpreta,afaga votos,não aclara sonhos,fantasias.
A ver não se interpreta poesia, a poesia já é uma interpretação,Quintana!
A ver,visões pessoais são as vozes do poeta,sujeito criado no seu delírio!
Me debruço, pois, sobre as prateleiras nos supermercados, leio rótulos,
Me debruço sobre a poesia,minha sensibilidade alcança ou não o poeta.
Contudo, todavia, existem diálogos intrínsecos entre o leitor e o poeta!
Albérico Silva